Glamping: uma experiência diferente
- patsneves
- 2 de abr. de 2018
- 7 min de leitura
Acho que já deu para reparar que sou uma apaixonada por viagens, mas isto de viajar tem muito que se lhe diga. Hoje em dia, não se trata apenas de cirar oferta e produtos turísticos diversificados, trata-se de inovar, de criar experiências personalizadas e adaptadas aos diefrentes perfis, trata-se de proporcionar algo diferente e inovador. Foi neste contexto que surgiu o conceito de glamping, que é relativamente recente e ainda não é muito explorado. Ou seja, é muito à minha medida!! Já andava com cuiosidade para experimentar, até que o ano passado decidimos passar umas férias na Páscoa diferentes e relaxantes, que nos levou até Penela, onde ficamos alojados no "Homem Verde". Escusado será dizer que o tipo de alojamento era o glamping. Conclusão: adoramos!!
O "Homem Verde" fica, mais precisamente, em Espinhal, que pertence ao concelho de Penela. Este é um bom sítio para passar umas férias relaxantes, na natureza e para quem quiser ter a experiência de fazer glamping. Para quem não sabe, glamping advém das palavras "camping" e "glamour", ou seja, é uma espécie de acampamento de luxo, tem outras comodidades e aspetos que o acampamento habitual não tem e tem outro tipo de facilidades; digamos que é mais personalizado. Existe em vários países, por todo o mundo, e é um conceito que tem vindo a suscitar cada vez mais interesse pela generalidade das pessoas. Outra particularidade deste conceito é que existem vários tipos de tendas, desde os yurts às tesdas safari, aos domos, aos tipis, etc. Em Portugal existem sítios lindos, onde se pode fazer glamping, como o Limaescape, por exemplo. Para além disso, é um tipo de alojamento que está preparado tanto para o verão como para o inverno!
História e características:
"O Homem Verde" foi criado por um senhor inglês, que já tinha viajado por vários países, e que já estava farto da confusão da cidade, que decidiu vir viver para Portugal e viver de algo que lhe desse prazer fazer e que fosse num sítio calmo e relaxante. Tem um estilo de vida próprio, alternativo e é uma figura bastante simpática, calma e simples! Ele vive com a família no próprio espaço, numa casa. Além das tendas, também tem casas, decoradas igualmente com muito bom gosto e acolhedoras, com vista para o jardim. Nós ficamos numa tenda e numa casa, experimentamos os dois. Uma das particularidades é que é ele que praticamente faz tudo, desde preparar o pequeno-almoço todas as manhãs a arranjar e tratar do espaço, do jardim, de arranjar as tendas, etc. Um aspeto importante e curioso, é que as casas de banho e os chuveiros, para quem fica alojado nas tendas, são exteriores, em pequenas casas de madeira, perto das tendas, e os chuverios são pequenas cabines de madeira, com uma porta e chão de madeira, perto da parte da "receção". O espaço é todo iluminado, e as árvores têm várias luzes penduradas, algumas que trabalham só através da luz solar. Também existem existe uma casa de madeira com uma rede para quem quiser relaxar e mesas exteriores com redes, como uma área de lazer e para fazer refeições cá fora. Em frente às tendas, tem um espaço coberto, de madeira, com a cozinha, equipada, e uma mesa com cadeiras. A parte do lava-louças é à parte, numa pequena casa de madeira, perto da tenda. Quanto ao pequeno-almoço, normalmente combina-se a hora a que queremos tomar o pequeno-almoço com o dono, para ele preparar no dia seguinte. O pequeno-almoço é muito bom e composto e inclui pão caseiro,cereais, leite, café, sumo de laranja natural, doces, etc.
Curiosidade: O símbolo e nome "O Homem Verde" é a "imagem de marca", digamos assim, que o dono decidiu implementar, e está associado ao conceito ecológico, de natureza, e de responsabilidade e sensibilidade ambiental. Mais abaixo encontram-se fotos do símbolo.
Outro aspeto que nos levou a ficar aqui, foi, obviamente, o sítio e as atrações que existem para visitarmos, pois o nosso obejtivo não era ficar no alojamento durante todo o dia, mas sim conhecer mais de Penela, nomeadamnete fazer o trilho da Cascata da Pedra Ferida. Uma boa altura para fazer férias é na primavera ou no verão, principalmente na primavera, quanto não há tanta gente e os dias já estão melhores. Deixo-vos aqui os sítios que visitámos e algumas fotografias.
Dia 1:
- O primeiro dia foi para nos instalarmos, conhecermos a zona, ir às compras e descansar da viagem.
-Jantar numa tasca na zona, com comida típica e caseira, muito boa, chamada "Café Restaurante Manuel Júlio". No fim, para além sairmos satisfeitos, ainda levamos um queijo típico de lá, que eles servem como entrada, (compramos mesmo o queijo), uma garrafa de azeite e doce de laranja caseiro, que a dona faz e nos ofereceu.
Dia 2:
- Cascata da Pedra Ferida - esta é a famosa cascata de Espinhal, com aproximadamente 30 metros de altura, que se situa na Serrra do Espinhal Para se chegar lá, tem de se percorrer um trilho, que é predominantemente no meio da natureza, literalmente! No início do trilho existem podemos ver antimos moinhos de água, que se usavam muito na zona, sendo que a água é um elemento muito presente durante todo o trilho, havendo vários riachos. Pode-se fazer uma parte do caminho de carro, para quem quiser, mas depois terão de estacionar o carro num parque que há de terra batida e ir a pé. Perto do parque existe um painel informativo, onde se podem orientar. O trilho é exigente e tem algumas subidas a pique, já para não falar de que convém estar sempre atento onde pomos os pés e concentrados no caminho, porque existem muitas partes do caminho que são irregulares e escorregadias, por isso convém levar roupa desportiva e leve e calçado adequado! O caminho ainda é longo, porque não é regular, mas vale muito a pena! O meio envolvente e a paisagem são extraordinários e a sensação de chegar lá acima e ver a cascata é qualquer coisa!
Distância: normalmente usa-se como ponto de partida de referência o Largo do Calvário, onde existe uma capela. Desde aí até à cascata são aproximadamente 7 km, sendo que uma parte do caminho tem de ser mesmo feita a pé. Perto do largo, existe uma placa informativa, a indicar a direção para a cascata.
-Praia Fluvial da Louçainha - esta "provém" das represas naturais da ribeira da Azenha e está num sítio lindo, também na serra do Espinhal, tanto que foi a nossa próxima visita, depois da cascata, onde aproveitamos fazer um piquenique e almoçar. Esta faz parte da rede de praias fluvais das aldeias de xisto, e nos meses de verão fica apinhada de gente, pelo que fomos numa altura boa! A praia é provida de várias insfraestruturas, como casas-de-banho, chuveiros, café e restaurante (que não estava aberto na altura em que fomos) e tem ainda uma zona com mesas para quem quiser trazer o almoço e comer lá.
- Aldeia de Xisto - Casal de S.Simão - esta é uma pequena aldeia, muito pitoresca, integrada na Rota das Aldeias de Xisto, que tem praticamente só uma rua. Situa-se num dos flancos da crista quartzítica que dá origem às Fragas de São Simão. Pelos vistos, muitos dos aldeões foram os próprios a reconstruir as casas e existe um grande espírito coletivo. As construções são feitas, predominantemente, de quartzito. Gostei muito de visitar a aldeia, pelas suas particularidades, pelo meio envolvente onde se insere e, principlamente, pelos pormenores e aspetos arquitetónicos e decorativos, tais como as imensas floreiras e varandas de madeira, obejtos pendurados nas varandas, etc. É uma visita rápida, mas que vale a pena ser feita. Na aldeia, existe ainda um restaurante/café, com um pequeno terraço, e por baixo, uma loja que vende produtos típicos, como o mel e o queijo, e artesanato, como pequenas figuras das casa típicas. E, mesmo sendo pequena, também tem um alojamento local, numa casa típica.
- Praia fluvial de S.Simão - situada nas Fragas de S.Simão, e rodeada por várias fragas, este foi um dos sítios onde mais gostei de ir! Pela sua riqueza natural e pelo facto de não ser tão "artificial". O sítio é lindissímo e a água é gelada!! Mas vale a pena experimentar, nem que seja molhar só os pés. Esta possibilita a realização de alguns desportos radicais e tem também um bar de apoio, instalações sanitárias e balneários.
Dia 3:
-Buracas do Casmilo - situa-se na Serra do Sicó e faz parte do relevo calcárico do Maciço do Sicó. As chamadas buracas, que são uma espécide de grutas rochosas, localizam-se ao longo do vale do Sicó, que apresenta maior concentração de buracas no país. Estas resultam de processos geológicos, em que, devido à erosão provocada por processos químicos naturais, formam-se aquelas "crateras". Existem vários percursos pedestres, que passam pelas buracas, já para não falar dos percursos de bicicleta, escalada, montanhismo, etc. Para chegar até aqui, passámos pela aldeia do Casmilo, onde a acessibildade não é a melhor e as ruas são estreitas. Como fizemos a viagem de carro, e iamos almoçar a penela, paramos na margem da estrada, perto de um caminho de terra batida, onde conseguíamos ver as buracas e ainda ir a algumas, que fiacavam mais perto.
-Almoço no D.Sisnando - este é um restaurante típico de Penela, que serve comida típica da zona, de uma forma mais elaborada e recreativa. A comida é muito boa e não tenho nada a dizer de mal do atendimento! Foram todos atenciosos e a qualidade da comida é muito boa. O espaço também é muito agradável, tanto o interior como o esterior. Neste restaurante servem pratos típicos, como Queijo Rabaçal gratinado com mel (entrada), diferentes pratos de Bacalhau, Cabrito assado e Chanfana, usando e combinando os elementos típicos como o Queijo do Rabaçal, o Vinho das Terras de Sicó, o Azeite de Sicó, o Mel da Serra da Lousã e a noz.
-Castelo de Penela - fortaleza medieval, de planta irregular, este castelo foi construído sobre um maciço rochoso, em que aproveitaram, no desenho das muralhas, parte da disposição natural dos penedos e tem uma vista panorâmica linda de Penela. Todos os naos, realiza-se lá a feira medieval, que remonta ao seu passado. A partir de 1992 procedeu-se à pavimentação dos acessos e da circulação interior do castelo, à limpeza, recuperação e consolidação das muralhas e a colocação de passadiços que permitem o percurso pedonal na quase totalidade do perímetro.
Comentários